É madrugada na Cidade da Bahia
e os tambores estão calados:
o silêncio impera nas ruas.
A esta hora, a cidade se transforma,
se transmuta em painel cubista
cujos traços e riscos revelam que o artista
é gênio da estirpe de um Picasso.
Alternâncias de claro e escuro
esculpidas em pedra fria
ditam a forma e a beleza do mosaico,
que, além de urbano, tem a sorte de ser baiano.
Que coisa linda este mosaico:
a escuridão da madrugada
combinando com a pele negra da Bahia
e o espectro de luzes multicores
realçando a claridade de sua alma.
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