domingo, 1 de abril de 2012

Quereres

Quero ser poeta de noites intermináveis
e amores que sejam eternos enquanto durarem,
poeta de vida vivida
e não, poeta de vida (in)feliz.

Não quero ser poeta de cânone,
ver meus poemas uniformizados
e meus versos acorrentados:
prefiro minha poesia esculhambada e maltrapilha.

Na poesia, não quero ser um deus
e sim, humano demasiado humano,
comer arroz, feijão e farinha,
ter medo da morte e viver como se não tivesse.

Na vida, quero poetar, amar e brincar;
rimar de propósito e não gostar,
rimar sem querer e adorar,
e rir, rir alto, rir muito, morrer às gargalhadas.

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