Às quatro da manhã
ouvi, lá fora, o canto morno dos passarinhos
quebrando o gelo da noite escura
e anunciando a aurora prestes a chegar.
O sol nasceu, o dia raiou,
o tempo passou, depressa e ao mesmo tempo devagar.
O tempo passou a passo de tartaruga
e trotou sobre as costas do sol,
na velocidade da luz.
Os ponteiros do relógio marcaram dezessete horas,
e eu ali sentado num banco de praça,
assombrado pelos fantasmas das vidas
que podia ter vivido e não vivi.
Choveu uma chuvinha fina
e me senti nas nuvens:
parecia que o céu tinha baixado na terra.
Quis ouvir mais uma vez o canto dos passarinhos,
mas não pude nem quis esperar até as quatro da manhã.
domingo, 20 de maio de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
Pensamento gera ação
Pensamento gera ação.
Ou, pelo menos, deve gerar.
Pensamento que não gera ação
tem só meia existência,
como a mãe que visse morrer um de seus filhos
ou a causa que não visse ocorrer a mais imediata de suas consequências.
Ou, pelo menos, deve gerar.
Pensamento que não gera ação
tem só meia existência,
como a mãe que visse morrer um de seus filhos
ou a causa que não visse ocorrer a mais imediata de suas consequências.
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