segunda-feira, 16 de julho de 2012

Canção de despedida

Adeus, meus poetas!
Não mais os incomodarei
com minhas pobres rimas
ou minha mitologia pessoal.
Despeço-me para breve reencontro
ou para nunca mais
(não sei ao certo).
Isto... só o tempo dirá.
Tenho saudades do meu esconderijo
e meus versos já sentem falta
do aconchego que povoa
as gavetas esquecidas.
Sinto saudades do meu próprio esquecimento.
Despeço-me agora para esquecer-me,
a mim e a meus versos opacos.
Adeus, meus poetas!
Continuem colhendo a poesia de cada dia
nas alegrias e tristezas de cada dia,
nas flores e tempestades de cada dia,
nas ilusões e nos amores de cada dia.
Despeço-me agora de verdadeiros poetas,
seres cujas vidas são pura poesia
a alimentar a imaginação indócil
de pseudopoetas como eu.
Adeus, meus poetas!
Adeus.

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