São Marcelo és tu, meu pai,
que, espada em punho,
sabes colher as secas flores de junho
e entregá-las ao manso ir-e-vir dos cais.
Santo guerreiro que me ensinas
todos os dias a combater
as injustiças e não temer
os doces olhares das meninas.
Tu, meu parceiro, meu camarada,
neste mundo em que impera o Tudo,
foste o primeiro a me mostrar os encantos que há no Nada.
É hoje o teu ensinamento mudo
que me aponta os perigos da Estrada
e me lembra que o Nada, nesta vida, é tudo.
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