O poema é fino espelho de prata
Em que se projeta fiel imagem
Do poeta. A poesia é viagem,
Doce vertigem que encanta e arrebata.
Luz de prata é cara de vira-lata:
Às vezes o poema é uma miragem
Que o poeta constrói, como fosse um pajem
Que maltrata, engana, ilude... e mata.
Cuidado, leitor, com teus prediletos
Poetas! São eles destros fingidores,
Portadores de peitos insurretos.
Entretanto, fingem lindos amores,
Portam dores e caminham incertos:
Erguem bandeiras de todas as cores!
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