domingo, 1 de abril de 2012

Preto no branco

De caneta em punho,
derramo sobre o papel
minha angústia e meu sofrimento,
me liberto das pressões do mundo,
tiro das costas o negro piano de cauda
que lá é posto pela vida todo santo dia.

De caneta em punho,
arranco lágrimas e sorrisos,
crio mundos, fundo reinos,
brinco de palhaço e de bandido,
brinco de Deus.

De caneta em punho,
sinto o coração bater,
ora mais rápido, ora mais devagar,
me sinto vivo,
olho na cara do mundo
e boto os pingos nos is,
coloco preto no branco.

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